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O WhatsApp Web é uma ferramenta prática para quem quer acessar mensagens no computador, mas também se tornou um alvo comum de espionagem digital. Ao contrário do aplicativo móvel, que possui mais proteções nativas contra modificações, a versão web depende fortemente do navegador o que a torna vulnerável ao uso de extensões maliciosas.
Como as extensões funcionam
Extensões de navegador como as de Google Chrome, Edge e Firefox são programas pequenos que adicionam funcionalidades ao navegador. No entanto, algumas extensões exigem permissões perigosas como:
Leitura e modificação de dados em qualquer site
Acesso total às guias abertas
Captura de entrada de teclado (keylogging)
Injeção de código JavaScript em páginas carregadas
Se uma extensão maliciosa for instalada em um navegador que usa o web.whatsapp.com, ela pode:
Ler todas as mensagens em tempo real
Espionar conversas arquivadas ou fixadas
Capturar arquivos trocados
Registrar áudios enviados e recebidos
Simular ações (como envio de mensagens automáticas)
Casos reais e táticas comuns
Cibercriminosos têm usado phishing com falsas extensões “premium” ou “melhoradores de WhatsApp Web” que prometem temas personalizados, mensagens invisíveis, e até desbloqueio de contatos bloqueados. Ao instalar a extensão, o usuário entrega as permissões necessárias para que o invasor tenha controle total sobre as sessões abertas do WhatsApp Web.
Há relatos de golpes onde o próprio WhatsApp Web é clonado e apresentado como real, mas na verdade direciona o usuário para um domínio controlado por terceiros, gravando todas as ações da vítima.
Prevenções recomendadas
Verifique todas as extensões instaladas no navegador regularmente
Nunca instale extensões de fontes não oficiais
Use modo anônimo ou um navegador limpo só para WhatsApp Web
Revogue sessões suspeitas no menu Aparelhos conectados do WhatsApp
Use autenticação em dois fatores (2FA) para evitar acesso indevido
Apps modificados do WhatsApp, como GBWhatsApp, WhatsApp Aero, YoWhatsApp, WhatsApp Plus, prometem funcionalidades atraentes: visualização de mensagens apagadas, download de status alheio, ocultar o online, impedir que saibam que você leu uma mensagem, entre outros.
Mas por trás desses “poderes” está um risco grave: modificação direta do APK com código extra que pode capturar suas conversas, arquivos, localização, contatos e muito mais.
Como esses apps funcionam
Para permitir funcionalidades como ver mensagens apagadas, o app modificado precisa registrar logs internos do sistema antes da mensagem ser excluída. Isso exige acesso constante ao armazenamento e leitura de notificações abrindo uma porta para coleta de informações sigilosas.
Além disso, como são versões não oficiais, esses apps não passam por auditorias de segurança como a versão original, tornando-os alvos ideais para injeção de spyware, malwares de vigilância e ransomware leve disfarçado.
Cenário realista de ataque com mods
Imagine um parceiro ciumento que instala um GBWhatsApp no celular da vítima, prometendo ser uma versão “melhorada”. Sem saber, a vítima entrega todo seu histórico de mensagens, fotos íntimas, localização e até senhas trocadas por texto a um possível atacante.
O mesmo vale para espionagem corporativa, onde funcionários instalam esses mods sem saber que estão enviando conversas comerciais sensíveis para terceiros.
Como se proteger
Nunca instale versões modificadas do WhatsApp
Baixe o app apenas da Play Store ou site oficial
Use apps antivírus com detecção de modificação de APK
Bloqueie instalação de apps de fontes desconhecidas
Revise permissões concedidas a cada app regularmente
Conclusão
Tanto o WhatsApp Web quanto os aplicativos modificados representam riscos reais à privacidade e segurança dos usuários. A comodidade oferecida por funcionalidades extras pode custar caro: sua intimidade, seus dados e até seu emprego.
A melhor defesa é o conhecimento. Ao entender como funcionam essas ameaças, você estará mais preparado para evitá-las e alertar quem você ama. Segurança digital começa com decisões conscientes.